sexta-feira, agosto 28, 2015

Crônica emocionada

“Mas que coisa mais clichê e cafona este meu texto”, pensei eu quanto terminei de escrevê-lo.


Hoje me emocionei, como ser humano  e na subdivisão da minha vida. Fiquei emocionado como jornalista. Não cheguei a chorar. A emoção foi com suspiros, com expressão facial de  algo que deu certo depois de muito sacrifício.


A origem dessa emoção foi a crônica de  Leo Saballa no jornal Notícias do Dia, edição do dia 28 de agosto de 2015.  Foi ao contar a história dele próprio como repórter diante de uma investigação sobre a morte de um jovem negro na Joinville dos anos 80. Com a pressão e repercussão que o bom jornalismo faz, os suspeitos foram presos e condenados.


Ao final da leitura me lembrei do principal motivo que me fez e faz querer ser jornalista. A morte de Tim Lopes. Curioso, né?! Um repórter morre por causa do trabalho que realiza e eu ainda quero ser como um dele?


Mas ao ler a crônica de Saballa, lembrei do jornalismo que quero. O jornalismo que promove a justiça, a cidadania, que noticia o negativo para que não torne acontecê-lo, que traz a toma os bons exemplos para que sejam multiplicados.

É em casos com o de Tim Lopes e de Leo Saballa que sinto a legislação se tornar a prática diária por um lugar melhor.

Um comentário:

Ruy Ferrari disse...

Concordo contigo, meu amigo. Meu ingresso nesta profissão também teve tal propósito: contribuir para a construção de uma sociedade melhor, menos injusta... Sabemos que é uma tarefa aparentemente platônica, porém necessária e urgente. Usar palavras, imagens e textos para transformar, ou pelo menos tentar alterar vidas em nosso pequeno universo é bom demais... Nobre labor. Se ao menos um entre os milhares de entrevistados, leitores ou ouvintes tiver comprovado o efeito deste nosso trabalho, já poderemos considerar nossa meta realizada. Tenho certeza faremos mais. Basta não perder a capacidade da indignação e a veia do repórter.